quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Todo mundo




Tenho andando por caminhos distintos,
Tão diferentes que,
já não me reconheço
nas esquinas por onde passo.
Vejo pessoas,
elas não me dizem nada.
Então,
olho em meio à multidão
e me pergunto:
Onde está todo mundo?

O caminho




Falar de um sonho,
É apenas falar de um sonho,
Mas lutar por este sonho
É o caminho para alcançá-lo.

Jesus Cristinho para todos os meninos



        Encenação realizada durante vários anos, sempre no período natalino. Dirigido por Vânia Avlis, o espetáculo contava com a participação, em média, de 50 artistas de diferentes linguagens, dentre elas, arte cênica, arte circense, dança e artes plásticas.
"Jesus Cristinho para todos os meninos" possuía um conho social, era uma encenação focada na crítica dos problemas enfrentados pela sociedade contemporânea. Jesus poderia ser qualquer criança, desde àquela que nasce no seio de uma família estruturada ou a mais pobre sem família.
         Eu tive a oportunidade de participar dois anos, consecutivos (2008/2009), do espetáculo e foi uma experiência ímpar.



         Os ensaios eram cheios de energia e alegria. Apesar do trabalho ser árduo, ninguém saía sem estar de alma lavada e feliz por ter passado pelo processo do mesmo. "Jesus Cristinho para todos os meninos" teve sua importância no circuito de artes da cidade de Macapá-Ap porém, infelizmente, hoje não é mais apresentado.

Deus e o diabo


              Deus e o diabo foi um espetáculo apresentado no ano de 2009, durante o período da Semana Santa. O grupo "Ói nóiz aqui" resolveu fazer um espetáculo que levasse o público a refletir sobre o verdadeiro sentido da data. Apesar do texto ser inspirado na história de Jó, o espetáculo  estava longe de ser uma apresentação tradicional. Ele buscava demonstrar que a dualidade entre bem e mal está nas coisas mais comuns de nosso dia a dia e que em grande parte das vezes, não conseguimos perceber.
Posso dizer que esse, foi o primeiro espetáculo com uma grande produção e com mais preparação que participei. 



               Durante a seleção do elenco e posteriormente a distribuição dos personagens, valorizei aquele que mais se distanciou do meu perfil, resultando na escolha do Diabo. Ser o senhor das trevas exigiu que eu me dedicasse muito mais do que estava acostumado, pois a personagem era muito complexa, possuía inúmeras personalidades, tais quais eu precisava evidenciar em cena, durante o espetáculo.
               No decorrer dos ensaios tive muita dificuldade, cogitou-se e até experimentou-se outro ator, mas eu enfrentei ainda com mais força o desafio e consegui chegar ao equilíbrio ideal, resultando num Diabo que apesar de ser apenas uma criatura, se dividia em várias. "Deus e o diabo" veio confrontar o mito de que o diabo tem que ser a criatura medonha e obviamente maléfica. Lúcifer, o anjo caído, era o representante da beleza e que encantava a todos com a sua lábia doce e persuasiva. Satanás altivo e tempestuoso e para finalizar, Belzebu, criatura feiosa, corcunda, manca, ou seja, o lado mais conhecido do diabo.



              Outras figuras comuns à sociedade, como padre, pastor e fiéis apareciam em cena fazendo esse elo entre fé e a falta de fé, o bem e o mal, a verdade e a hipocrisia. O hall dos celestiais possuía Deus como o maior representante, seguido por anjo Gabriel, Padre, Jó e seus amigos. Na galeria do mal, estava o Diabo como o líder supremo, acompanhado pelos charlatões que utilizam a fé como meio para enganar os seres humanos.
                  Após toda a dedicação, o resultado final não poderia te sido outro, um verdadeiro sucesso, rendendo elogios e grande repercussão entre os que prestigiaram. A inquietação - proposital - foi o carro chefe do espetáculo, mas as pessoas presentes conseguiram um ponto de acomodação. Criaram sua concepção diante da arte apresentada, superando a sensação de estranhamento, e cedeu lugar para a reflexão e admiração. Deus e o diabo foi um espetáculo marcante! 

terça-feira, 27 de novembro de 2012

Amor Inconsciente



Amor platônico, que desejo, mas não posso ter,
pois está muito além do meu alcance,
está no mundo da realidade fantástica,
realidade pessoal,
realidade surreal.
Não queria crer em um amor perfeito,
idealizado por mim,
noite o tenho e na outra me escapa,
pois os sonhos não são constantes.
Os sonhos são a lembrança de um momento vivido,
ou simplesmente a ilusão agradável
de possuirmos algo que gostaríamos.
Por isso sinto sua presença
ao meu lado durante a noite,
mas ao amanhecer você não está lá.
Assim fico ansioso pelo anoitecer
para enfim poder deitar
e esperar que o sono chegue,
trazendo consigo
o meu amor inconsciente.


segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Felicidade




Nossa, que brisa maravilhosa!
Chega a refrescar.
Pessoas comentam isso,
Porém, sem ao ar relacionar.

Que lua grande!
Capaz de sozinha o mundo iluminar.
Pessoas falam isso,
Porém, sem a noite relacionar.

Quanto sol!
Hoje, roupas irei lavar.
Pessoas dizem isso
Porém, sem ao dia relacionar.

Fenômenos que nos cercam
São tidos como supérfluos
Por não percebermos,
Que a felicidade está tão perto.

Amar o que é útil
Faz-nos melhor.
Seguir o que o coração diz
É buscar ser feliz.

Em todo lugar



Às vezes me pego pensando,
Pessoas trabalham, estudam,
Constroem família sem atentar,
Para o tempo que está passando.
Não valorizam o que há de mais belo,
A vida!
Trabalham, pois precisam de independência.
Estudam para que possam trabalhar,
Receber um bom salário
E quem sabe até casar.
Buscam o que a sociedade lhes impõe.
Sigam as regras!
Obedeçam a moral e a ética!
Sem valorizar o que a vida lhes propõe.
Algo que parece tão simples,
Na realidade é muito complicado.
Valorizar o que se tem nas mãos,
O ar que se respira, a noite e o dia,
Pequenos detalhes de gratidão
são vistos apenas pelo coração.

Dois em um


 Amor inspire-me com teu olhar,
Enlouqueça-me com teus beijos,
Faça-me feliz e concretize os meus desejos.
Torne-me inteiro,
Completa-me com teus carinhos,
Deixe-me delirar a seu lado
Como quem aprecia um bom vinho.
Tinto, cor da paixão,
É o que sinto com o toque de suas mãos.
Branco, cor da inocência,
Quando consigo perceber em seu olhar, criança.
Se deixe embriagar por esse líquido,
Que nos transforma e nos une
Em um coração puro e lípido.
Coração este, que nos permite confiar,
Que a cada batimento
Revela-se mais forte esse sentimento.
Algo assim é incomum,
Nossos corpos ao se encontrarem
Formam um, sólido e perfeito,
Composto por bons momentos,
Que estarão presentes por toda vida
Nos nossos pensamentos.

sábado, 24 de novembro de 2012

A sós


Dois corpos nus
Não se limitam ao prazer,
Tudo pode acontecer,
Até mesmo enlouquecer.

Fazer amor é querer
Que seus corpos sejam apenas um,
Contorcido pelo ato de amar,
Tão bom de praticar!

Pernas e mãos se entrelaçam,
Lábios se encontram
Com toques suaves
E até selvagens.

O suor surge como pimenta
Sobre as marcas deixadas
Pelas unhas de uma companhia,
Que adora ser lembrada.

Tudo é muito delicioso
Quando se está a sós,
Principalmente quando se deixa
A fantasia falar por nós.

Presente do acaso


O acaso apresentou-se
com um presente inesperado,
trouxe a mim você,
ser encantado.

O meu corpo é prisioneiro
Da prisão que é o teu corpo
E com o toque de tuas mãos
Algema-me o coração.

Teus olhos penetram em minh’alma,
Considerada opaca e sombria,
Ofertando-lhe a luminosidade
De alguém que ama de verdade.

O teu suor e teu cheiro
Lembram-me das gotas de orvalho,
Que deixam as rosas molhadas
Por toda a madrugada.

Teu beijo é como mel,
Lambuza a minha boca
E em instantes já sem roupa
Leva-me além do céu.

Nosso poema


Parecia escrito nas estrelas,
Que nós deveríamos ficar juntos,
Afinal...
Sempre te quis perto,
Apesar de não saber ao certo.
Com um ar de graça
Consegue alegrar-me,
Com palavras doces,
Faz-me dependente
Deste amor diferente
O destino nos pregou das suas,
Bela Marcela,
Encantadora e sorridente
Atraiu-me entre muita gente.
Oh bela Marcela!
Será que para você
Limites não existem?
Determinada, afetuosa, dinâmica,
Impossível te esquecer.
Diante do universo que nos cerca,
Às vezes me dá vontade de gritar,
Tamanha a euforia de ter-lhe,
Mas prefiro guardar em silêncio
E com ninguém compartilhar
A alegria que é te amar.

quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Débora Cristina




Quem ela é?
Nunca vi tamanha harmonia.
Seu carinho é inigualável,
Simplesmente incomparável.

Uma delicadeza clara
Como a pela que possui.
Sua voz tem som suave,
Como sinfonia de luz.

Um olhar marcante chega a encabular,
Uma beleza alucinante
Capaz de encantar.

É uma pessoa interessante
E extremamente semelhante
Ao seu amor fascinante.

Amorte


Em um jardim melancólico
Uma rosa chorava,
Pedia por amor perdido,
Que jamais foi encontrado.

Amor cruel que a deixou triste,
O sol já não iluminava a sua vida,
O olhar é deserto e decifrável
De um ser que possuía a existência sofrida.

Suas pétalas murchas começaram a cair
Como lágrimas de clemência,
Que o amor a fez pedir.

Sua aparência agora é seca,
Herança de um amor tão forte,
Que terá o seu final marcado pela morte.

O poeta e o pássaro


Sou um poeta isolado
Sem alguém para amar,
Comparo-me com um pássaro
Sem ter asas para voar.

Sinto-me este mesmo pássaro
Preso em uma gaiola,
Solitário e pensativo
Querendo ir embora.

Tentar voar não adianta
É por isso que ele canta,
Tão alto e tão aflito
Como se fosse um apito.

Os seus limites são marcados
Pelas grades da gaiola,
Mas sente-se feliz,
Pois seu amor está lá fora.

quinta-feira, 15 de novembro de 2012

Casa de campo


Em uma casa de campo
Tão calmo é o tempo,
Sentados na varanda
Sentimos o vento.

Nessa mesma varanda
Ouvimos vários cantos,
São os pequenos e românticos
Pássaros do campo

Casa de campo,
Pequena, mas bela.
Mais linda é a vista de sua janela.

Casa de campo,
Bela, mas longe.
Queria saber onde se esconde.

Adolescência


Não somos astronautas,
Mas vivemos na lua.
Estamos sempre contentes,
Somos adolescentes.

Idade confusa,
Cheia de transição.
Muitas vezes quando precisamos,
Nos falta uma mão.

Às vezes nos falta um pé,
pois vivemos sonhando.
Este no chão,
geralmente é a solução.

Nesta idade amamos pela primeira vez.
Quando somos correspondidos,
somos inesquecíveis,
mas quando somos ignorados,
ficamos inconsoláveis.

Adoramos a adolescência.
Nesta fase perdemos a consciência,
e muitas vezes também,
perdemos a inocência.

quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Amigos


Tamanho é o carinho
Que meus amigos transmitem
Quando estamos juntos
Problemas não existem.

Satisfeito fico,
Quando estão se divertindo.
Alegro-me realmente
Ao vê-los contentes.

Meus amigos são de confiança
Eu posso sentir.
São pessoas cheias de esperança,
Sentimentos que não posso omitir.

Amigos são bons momentos
Guardados em meus pensamentos,
Que me ajudam a expressar
Os meus sinceros sentimentos.

Laços de amizade

Sempre quis algo assim,
O que sinto dentro de mim,
Estou tão feliz
Por estar perto de ti.

Algo me prende a você,
Não sei o que é,
Adoro o seu jeito de ser,
Nunca irei te esquecer.

Não sei se te agrado
E falo sinceramente,
Eu sempre estarei ao seu lado,
Ontem, hoje e eternamente.

Curto sua responsabilidade,
Amo sua serenidade.
E com isso afirmo,
Os nossos laços de amizade.

segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Leitura dramática - Eles não usam black-tie de Gianfrancesco Guarniere

       "Eles não usam black-tie" de Gianfrancesco Guarniere, foi uma leitura dramática em que participei no ano de 2006, no Projeto Dramaturgia: Leituras em cena, do SESC.
Após aceitar o convite de Zeniudes Pereira que tinha um olhar certeiro para vocações a atores, passei a estudar este dramaturgo maravilhoso, que retratou a vida de típicos brasileiros da classe baixa, como ninguém. Eles não usam black-tie retrata a vida de moradores de uma favela, operários e eternos apaixonados pelas causas de sua classe.
         Em uma casa simples, onde apenas caixotes e uma cadeira eram usados como assentos, os personagens vivem a tensão de uma greve e várias situações problemáticas. A história possui como patriarca e matriarca, sr. Otávio e dona Romana.
         Participar desse projeto abriu-me a porta para o fantástico mundo do teatro. Experiência que possibilitou-me adquirir conhecimentos teóricos para a construção de personagens que viriam a fazer parte de minha vida no decorrer dos anos. Interpretar Romana, rendeu à Caroline Almeida o convite para integrar-se à Companhia Super Nova de teatro experimental, que estava  se formando ainda, e tinha como responsável pela direção Zeniudes.

Foto: Jair Penafort Barbosa
na foto: Marcio Kaio ( Otávio ) e Caroline Almeida ( Romana )

O começo


O jovem casal observa a lua,
Em plena noite escura,
Ela está tão linda e pura.
Encantados ficam com a sua formosura.

O rapaz ao pegar na mão da moça
Sente-se nervoso.
A moça ao sentir o calor de sua mão,
Percebe o quanto ele é amoroso.

Ele se atreve um pouco mais,
A beija na boca.
Ela fica sem ação,
Pois entregou seu coração.

Ele é o homem mais feliz do mundo.
Ela se sente apaixonada.
Ele quer contar pra todo mundo,
Que arranjou uma namorada.

O começo é sempre assim,
Duro mesmo é o fim.
Quando o amor de um acaba,
Dói mais do que uma punhalada.

Laços rompidos


O amor é algo simples,
Porém difícil de entender.
Procuro ser feliz,
Mas não consigo te esquecer.

Você também é simples,
Te entender que é complicado.
Você me fez sofrer,
Mas sofri sozinho e calado.

Você não quis saber do meu amor
Eu que te considerava uma flor,
Pra isso você ligou
Foi bom enquanto durou.

Estou pensando em ti.
Espero que penses em mim,
Mesmo que seja como amigo,
Mas nunca como inimigo.

Te amei muito,
Mas odiei também,
Uma sensação estranha,
Que nunca senti por ninguém.

Este foi meu desabafo,
Aqui se rompem os nossos laços.
Você não me quer mais,
Agora cada um segue em paz.

Lições


Estou mais uma vez
Preso em meus pensamentos
Para refletir no que fiz
E tentar ser feliz.

Porque a vida é assim,
De quedas e superações,
Feita de laços
Que amarram as emoções.

A vida nos ensina muitas lições.
Lições de sobrevivência
Que nos dão experiência
E testam nossa paciência.

Portanto, é só aceitar a luta,
Vencer as dificuldades,
Enfrentar os problemas
E viver a realidade.

Imensidão


Nesta imensidão
Que é o mundo
As horas felizes
Passam num segundo.
As tristes nem tanto,
Eu fico num canto
Contando os segundos
E somando os minutos.
Nessa imensidão
Que é a vida
Normalmente é sofrida,
Poucos são os sortudos
Que num piscar de olhos
Encontram tudo. 
Nesta imensidão
Que é a minha vida,
Tranco-me em meu mundo
Lembro das horas sofridas,
Cutuco as minhas feridas.
Tento esquecer,
Mas me lembro de você.
Nesta imensidão
Que é o amor,
Eu fui pego sem dó,
Tentei me libertar,
Mas não teve jeito.
Você está e sempre estará
Em meu coração, dentro do peito.

Vou dizer


Em um jogo de sedução
me envolvi num amor desenfreado
que mexe com o prazer
e faz eu querer você.

Nunca senti tamanha sensação,
Que me deixa mais bobo ainda.
Sinto-me solto no espaço,
Mas só queria te dar um abraço.

Você me faz ficar louco.
Ao olhar em seus olhos,
Senti-me querido um pouco.

Você ainda vai me querer
E a você vou dizer...
Amo-te.

Pensamentos de outono


No outono as folhas caem,
Estão secas.
Assim como eu caio
De amores por você
E os meus pensamentos fluem,
Sem eu perceber.


Jornada do amor


Procuro um amor
Nesta jornada sem fim,
Não sei onde estou,
Quem gostará de mim?

Sinto-me tão sozinho
Procurando companhia,
Que me dê carinho
E me traga alegria.

Nesta jornada triste
Já estou achando
Que o amor não existe.

Mas vou continuar, sem desanimar,
E tenho plena certeza
Que ainda vou te encontrar.

Paixiência


Ser feliz
Não é fazer o que te agrada
Mas, tentar fazer o bem
Para a pessoa amada.

Para você pode não ser bom
Para ela com certeza será.
Demonstre todo o seu amor,
Cedo ou tarde ela lhe retribuirá.

sábado, 10 de novembro de 2012

O mundo da imaginação

           Espetáculo teatral "O mundo da imaginação", encenado na Escola Estadual Professora Maria Merian, tinha como objetivo incentivar a leitura de contos infantis.
          Os personagens apresentados eram os típicos que habitam a imaginação das crianças e que compõe os conto de fadas e histórias infantis.
          Cinderela, Bruxa malvada, Gato de botas, Espantalho, Chapeuzinho Vermelho e Branca de Neve eram os personagens que ajudavam a jovem Sofia (jovem leitora) a retornar para casa após uma incrível aventura pelo fantástico mundo da imaginação.
          A aventura da menina tem início após pegar no sono, e a sua realidade começar a se confundir com a fantasia das histórias infantis.
         Uma história repleta de personagens familiares e agradáveis de serem vistos, como o meigo espantalho e o habilidoso Gato de Botas, sem esquecermos da doçura de Cinderela e a esperteza de Chapeuzinho Vermelho, tudo para se livrar das maldades da Bruxa em busca do caminho de volta para casa.

Texto: Marcio Kaio Ramos
Atores: Marcio Kaio (Gato de botas e Espantalho), Líliam D'Almeida (Branca de Neve e Chapeuzinho Vermelho), Maria do Socorro Vieira (Bruxa), Marcilene Rabelo (Cinderela) e Maria do Socorro Jesus (Sofia).

Um novo amor


Quando estava triste
Busquei esquecer a solidão
Ao saber que o amor existe
Eu abri meu coração.

Em campos desertos
Secos e sem flores,
Com meu coração aberto
Vago em busca de amores.

Pensei que fosse demorar
Para um novo amor encontrar
Felizmente a outra já deixei de amar.

Você é uma pedra rara
E por ser rara é cara
Ah se eu pudesse te amar.

Solitário


Sou solitário
E não sofro por isso.
Não que eu queira ser assim,
Mas isso vem de dentro de mim.

Ser solitário
Não me atrapalha em nada
Pois guardo o meu amor
Para a pessoa amada.

Sou solitário
E tenho o meu jeito de ser
Cada um é como é,
Este é o meu ver.

Ser solitário
Me dá vantagens,
Analiso bem as situações
Depois apresento as conclusões.

Sou solitário
E gosto de ter tempo para mim.
Normalmente sou calmo,
Por isso sou solitário.

Noite de chuva


Em uma noite de chuva
Busco me aquecer
Saio feito um louco na rua
A procura de você.

Vou correndo na chuva
Pelas calçadas molhadas,
Chego numa grande curva
Mas não vejo nada.

Não vi você passar
Não sei para onde ir
Quero te abraçar
E você não está aqui.

Volto pra casa, sozinho
Sem um pouco de carinho
Fico muito tristonho,
Até que caio no sono.

Sinto um pouco de frio
E não consigo me aquecer
Pois sei que nesta noite de chuva
Eu preciso de você.

Um sonho


Um sonho...
Eu queria ser um peixe
Para no fundo do mar mergulhar
E olhar o que lá embaixo há.

Um sonho...
Eu queria ser um príncipe,
Um príncipe belo,
Que morasse num castelo.

Um sonho...
Eu queria ser esperto.
Jamais seria passado para trás
E de mim ninguém riria mais.

Um sonho...
Eu queria ter um amor
Que me fizesse enlouquecer
Para jamais o esquecer.

Um sonho...
Eu queria ser um pássaro
Para poder voar
E tudo lá de cima observar.

Um sonho...
O que eu queria na realidade
Era uma humanidade mais fraterna,
Só então a vida seria eterna.

Beijo


Quando duas pessoas
Sentem uma atração,
Elas não sabem ao certo
Se ela vem do coração.

Mas não precisam ter certeza.
Basta um simples beijo
E esse amor se revela
Em um forte desejo.

Quando é o nosso primeiro
Tem um forte valor sentimental.
Ás vezes é com a pessoa amada
Que todos querem o tal.

Um beijo com amor
É inesquecível.
As misturas de sentimentos
Fazem mais belo este momento.

As pessoas dizem que o beijo
Tem gosto de amor,
Quando quero que me provem,
Me respondem, beije e comprove.

Será que algum dia
Darei um beijo apaixonadamente?
Dizem que quando a gente ama
Se entrega plenamente.

Meu amor


Diante de ti
Não consigo esconder meus sentimentos
Penso em você
A toda hora e momento.

Não estou querendo sofrer
Mas você só me mostra este caminho
Procuro te ver
Mas me sinto tão sozinho.

Sinto que não tenho alternativa
Fico triste demais
Sei que a sua resposta é negativa
Veja só o que você me faz.

Não sei de onde tiro forças
Para aguentar tanta tristeza,
Você é uma simples moça,
Mas para mim é uma princesa.

Te amo muito,
Ou talvez seja atração.
Só sei que em um minuto
Te mostrei meu coração.


A cura para a falta de leitura

           Espetáculo "A cura para a falta de leitura" apresentado na Feira de Livros promovida pelo SESC Amapá no ano de 2006, no município de Santana.
O espetáculo narra a história de quatro duendes (Alecrim, Margarida, Violeta e Rosa) que preocupados com o fim do Mundo da Imaginação, buscam uma estratégia de combater o mal que ameaça a sua realidade, a falta de leitura.
           A ideia da apresentação surgiu de uma proposta na disciplina Língua Portuguesa e Comunicação no curso de Artes Visuais da Universidade Federal do Amapá. A pesquisa se baseava na necessidade de conhecer mais a finco a realidade dos rumos que a leitura está tomando na sociedade, destinada aos estudantes da Escola Estadual Professora Maria Mirian. A resposta ao projeto foi tão positiva que o grupo foi convidado a apresentar o espetáculo nas cinco Feiras de Livro que o SESC Amapá realizaria no ano de 2006, (Santana, Mazagão, Amapá, Laranjal do Jarí e Macapá). O mais importante dessa experiência foi o contato que tivemos com as diferentes realidades dos municípios e a recepção que cada localidade nos ofertou. 
          Além dos municípios do estado, o espetáculo foi apresentado no Centro de Ensino Podium, o que nos possibilitou verificar a diferença que há entre as realidades de ensino e acesso à informação literária e artística entre as instituições públicas e privadas do interior e da capital. Esse foi o primeiro contato com os palcos que nós, integrantes do grupo, tivemos. Embora, eu já tivesse participado de muitas oficinas e cursos de iniciação teatral, graças ao SESC e à saudosa Zenildes Pereira. 
          Agradeço às amigas Maria do Socorro Jesus, Maria do Socorro Vieira, Líliam D'Almeida e Caroline Almeida pela coragem em se lançarem de cabeça nas ideias malucas deste aventureiro que vos redige este pequeno texto. Obrigado ao SESC pelo espaço para que o projeto pudesse ganhar visualidade e a você leitor.
         
Fotos: Marcio Kaio Ramos
Marcelo Santos - SESC

sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Dúvidas


Em meio a tanta gente que me quer bem
Posso até fingir que estou feliz
Não sei bem ao certo quem tem
A companhia que eu sempre quis.

Sinto-me sozinho
Procurando o que fazer
Quero carinho
E sei que encontro em você.

Por que esta frieza?
Queres me deixar na tristeza?
Justo você minha princesa!

Pareço um cara melancólico
Sinto-me até um antropófago
E nessas muitas dúvidas me afogo.

Inconstante

Amar é algo inconstante.
Hoje eu te amo,
amanhã poderei não te amar
mas, sei que sempre terei amor para dar.

Ter alguém é algo inconstante.
Hoje posso ter pessoas que me amem,
Mas amanhã poderei estar só,
A procura de alguém.