Busco conhecer e reconhecer
a
verdade que existe em cada um de nós.
Sem máscaras, hipocrisia ou penumbras,
Sem falsidade, orgulho ou dó.
Apenas quero saber com quem posso contar,
Com quem posso chorar,
Com quem minha realidade é,
Aparentemente translúcida.
Com quem a minha vida se confunde
Com a vida desse alguém.
Será que é permitido delirar?
Será que posso ao menos idealizar
Que esta criatura,
Habitante da esperança subconsciente
Da minha felicidade,
Um dia deixará de ser surreal
E se concretizará em busca desta outra
criatura,
Que ainda acredita fazer parte de um
mundo
Que não existe mais?
Não sei.
Não sei se chegarei a conhecer este ser.
Mas sei que vou de criatura em criatura,
Em busca daquela
Que me libertará desta solidão,
Fria, egoísta
E que tanto me tortura.
