Lembro-me do
tempo em que eu era escravo
Não pela cor da
pele, mas por culpa do amor.
Perseguido eu
não podia passear ao vento
Apenas
deveria respirar sem nenhum lamento.
Como o tempo
passa e nós sempre desatentos
Não
percebemos que se acabaram os maus tratos
O amor que me
alienou se despede e vai embora
Deixando-me
perdido neste mundo que apavora.
As correntes
que me lembravam da escravidão
Foram
quebradas, não por Isabel, a princesa,
Mas pela fuga
dos momentos sem destreza.
Eu, amado
sufocado, era explorado, mas só ria,
Adorava ser
objeto de uso de quem pertencia
Porém, agora
choro, pois ganhei minha alforria.
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